Wednesday, November 30, 2005

70 anos depois...


Fernando António Nogueira Pessoa (1888-1935, Lisboa) foi um poeta e escritor português. Apesar de ter nascido em Lisboa, Fernando Pessoa viveu sua infância e adolescência em Durban, na África do Sul, o que lhe propicia um profundo contato com a língua inglesa. Perdeu o pai, vítima de tuberculose, quando tinha cinco anos de idade e sua mãe casou-se novamente quando tinha sete. Terminou seus estudos naquele país na Universidade do Cabo (onde recebera o Queen Victoria Memorial Prize pelo melhor ensaio). Enquanto estudava, regressou a Portugal durante um ano para reencontrar as famílias paterna (em Tavira) e materna (na Ilha Terceira).
Regressou definitivamente a Lisboa em 1905, freqüentando durante dois anos o curso Superior de Letras da Universidade de Lisboa. Passa a se dedicar, no entanto, à tradução de correspondência comercial.
Pessoa é internado no dia 29 de Novembro de 1935, no Hospital de S. Luis dos Franceses, vítima de uma crise hepática. No dia 30 de Novembro morre. Nos últimos momentos da sua vida pede os óculos e clama pelos seus heterónimos - Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro.
Na comemoração do centenário do seu nascimento em 1988 o seu corpo foi transladado para o Mosteiro dos Jerónimos, confirmando o reconhecimento que não teve em vida. O seu livro mais conhecido é Mensagem. Pessoa é considerado, em conjunto com Camões, um dos mais importantes poetas de língua portuguesa.
Um exemplo da sua genialidade...
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.
Based on Wikipedia

Saturday, November 26, 2005

Amor sem tréguas

Foi casualmente que pude despertar velhas paixões...e descobrir outras. Uma delas foi a Poesia. Numa procura acidental, num daqueles famosos motores de busca virtuais, deparei-me com algo... Não resisti em partilhar! Espero que aproveitem e sintam...tal como EU!

É necessário amar,
qualquer coisa, ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.

Não importa de quem,
nem importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não se vê.

Pode ser uma mulher
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer
seja lá o que for.

Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
que a sonhar se precise.

Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.

Amar como o homem forte
só ele o sabe e pode;
amar até à morte,
amar até ao ódio.

Que o ódio, infelizmente,
quando o clima é de horror
é forma inteligente
de se morrer de amor.
Este é pois, um poema de António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, e faz parte duma das suas obras - Poesias Completas (1964). Para quem nunca ouvir falar desta figura incontornável da literatura Portuguesa acrescento que é dele um dos poemas mais marcantes da Lusofonia do século XX - Pedra Filosofal (in Movimento Perpétuo, 1956).

Friday, November 25, 2005

Thoughts

"A América é um sonho que acabou em pesadelo"

Thursday, November 24, 2005

Descuidos...


A explosão de uma fábrica de produtos químicos, ligada à PetroChina Corp. em Jilin, a 380 kms de Harbin, capital da província de Heilongjiiang, na China, derramou benzeno e nitrobenzeno que se espalhou nas águas do rio Songhua, numa extensão de 80 kms. As autoridades estão a fornecer água a 3 milhões de habitantes em carros tanques, proibindo a recolha de água daquele rio. O benzeno e nitrobenzeno não são solúveis na água, e a sua ingestão, aindaque em pouca quantidade, pode provocar leucemia... O desenvolvimento económico deve ser acompanhado da segurança ambiental, para que situações como esta não possam prejudicar as populações e o meio ambiente. Recorde-se que o rio Songhua tem uma extensão de 1.897 kms.

Monday, November 21, 2005

O Tudo e o Nada

Um casal consola-se mutuamente por entre os destroços do que outrora foi a sua casa. Como dezenas de outras, esta família perdeu tudo à passagem de uma tempestade pelo estado do Kentucky. Contudo...permanece entre eles um valor que se sobrepõe a tudo - o Amor! Melancolia ou não, considero esta foto digna de constar em toda e qualquer exposição de fotografia, seja ela de catástrofes naturais , seja ela de beleza...ou sentimentos.
Podem ter perdido tudo o que era material, mas não perderam o que de mais importante tinham, um ao outro! Mais não digo, contemplo só!

Thursday, November 17, 2005

Milagre da Vida

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein

Wednesday, November 16, 2005

Portugal...


«A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta. Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE! »
EDUARDO PRADO COELHO

Tuesday, November 15, 2005

Caution over HIV 'cure' claims

Doctors say they want to investigate the case of a British man with HIV who apparently became clear of the virus. Andrew Stimpson, 25, was diagnosed HIV-positive in 2002 but was found to be negative in October 2003 by Chelsea and Westminster Healthcare NHS Trust.
Mr Stimpson, from London, said he was "one of the luckiest people alive".
The trust said the tests were accurate but had been unable to confirm Scotsman Mr Stimpson's cure because he had declined to undergo further tests. A statement from the trust said: "This is a rare and complex case. When we became aware of Mr Stimpson's HIV negative test results we offered him further tests to help us investigate and find an explanation for the different results.
"So far Mr Stimpson has declined this offer."
A trust spokeswoman added: "We urge him, for the sake of himself and the HIV community, to come in and get tested.
"If he doesn't feel that he can come to Chelsea and Westminster then he should please go to another HIV specialist."
'Miracle'
There have been anecdotal accounts before from Africa of people shaking off the HIV virus.
Mr Stimpson, who is originally from Largs in Ayrshire, said: "There are 34.9 million people with HIV globally and I am just one person who managed to control it, to survive from it and to get rid of it from my body. "For me that is unbelievable - it is a miracle. I think I'm one of the luckiest people alive."
Mr Stimpson told the News of the World and Mail on Sunday that he became depressed and suicidal after being told he was HIV-positive but remained well and did not require medication.
Further tests
Some 14 months later he was offered another test by doctors, which came back negative.
He sought compensation but has apparently been told there is no case to answer because there was no fault with the testing procedure. He has told the papers he would do anything he could to help find a cure.
Deborah Jack, chief executive of the National Aids Trust, said: "This appears to be a highly unusual case and without further tests it is impossible to draw any conclusions for people living with HIV. The virus is extremely complex and there are many unknowns about how it operates and how people's bodies react to it. Therefore, if this case were able to shed further light, it could be extremely valuable for research into treatments or a cure."

Vaccine clue
Aids expert Dr Patrick Dixon, from international Aids group Acet, said the case was "very, very unusual. I've come across many anecdotal reports of this kind of thing happening in Africa, some quite recently, but it's difficult to verify them," he told BBC News 24.
"You have to be rock-solid sure that both samples came from the same person, no mix-up in the laboratory, no mistakes in the testing, etc. This is the first well-documented case."
He said the case was important because "inside his immune system is perhaps a key that could allow us to develop some kind of vaccine".
"I think I'm one of the luckiest people alive"
Andrew Stimpson
Bacteria modified to fight HIV
Taken from BBC News

Friday, November 11, 2005

A Gripe...

Gripe aviária é o nome dado à doença causada por uma variedade do vírus Influenza (H5N1) hospedado por aves mas que pode infectar diversos mamíferos. Foi identificada na Itália por volta de 1900 mas é conhecida por existir em grande parte do globo, concentrando-se hoje principalmente no sudeste asiático, mas com casos recentes na Turquia, Romênia e Inglaterra (apenas aves foram infectadas nos três lugares). O vírus que está a preocupar o mundo, nos últimos anos já contaminou mais de 100 pessoas e matou cerca de 60 na Ásia. Apesar de muito violento (a taxa de mortalidade nos animais atinge os 100 por cento e nos humanos cerca de 50 por cento), ainda não passa facilmente de pessoa para pessoa.
O vírus H5N1 é muito propenso a mutações, sendo que os sintomas em aves se caracterizam pela existência de diarreia...o que acaba por ser mais um veículo de propagação do vírus: contaminação de águas!
A disseminação do vírus aviário influenza A/H5N1 para novas áreas é preocupante, pois aumenta a possibilidade da ocorrência de novos casos em humanos. Actualmente, as evidências indicam que os vírus influenza A/H5N1 não se propagam facilmente das aves para os humanos. Contudo é eminente uma pandemia pelo que as medidas de segurança/sanitárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) devem ser levadas em linha de conta, para evitar consequências drásticas para a sobrevivência de muitos seres humanos. Recorde-se que conseguimos evitar desde há 30 anos para cá a ocorrência de qualquer pandemia...conseguir-se-á evitar esta?
Este é um flagelo que poderá rapidamente atingir uma escala mundial...apanhando tudo e todos desprevenidos. Em Portugal continuamos a acreditar que estamos imunes...mas Prudência e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Thursday, November 10, 2005

(SoBre)Viver...

"Trabalhadores do Bangladesh saem para o trabalho ao romper do dia, em Dhaka. A cimeira da Associação para a Cooperação Regional do Sul da Ásia (SAARC, na sigla original) vai debater no próximo fim-de-semana a redução da pobreza. A maioria dos 1,5 mil milhões de habitantes desta região vive com menos de um dólar por dia."

Wednesday, November 09, 2005

Citações...

"Um único minuto de reconciliação vale mais do que toda uma vida de amizade"
Gabriel Garcia Marquez

Monday, November 07, 2005

Fantástico!

Hoje a agência Lusa noticiou o seguinte...
O Tribunal de Contas detectou que parte do espólio da Comissão para a Comemoração dos Descobrimentos, estimado em cem mil euros, desapareceu no processo de extinção desta entidade, concluído em 2003.
As conclusões constam de um relatório do Tribunal de Contas (TC), hoje divulgado, resultante de uma auditoria financeira realizada este ano à gerência de 2003 da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura (SGMC). O TC detectou uma diferença de cem mil euros no inventário realizado pela Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses (CNCDP), que rondava os 486 mil euros, e no realizado pela SGMC, num total de 385 mil euros.Na altura era Maria Fernanda Soares Rebelo Heitor a responsável máxima pela SGMC, um organismo que funciona com autonomia administrativa na directa dependência do ministro da Cultura, na época, Pedro Roseta. A comissão, que tinha sido criada pelo Governo em 1986 para realizar iniciativas no âmbito das comemorações dos descobrimentos portugueses, era presidida por Joaquim Romero Magalhães e tinha sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.A CNCDP acabaria por ser extinta por decreto-lei em Novembro de 2002, mas o processo de liquidação, realizado pela SGMC, ainda não está terminado e desconhece-se quando será finalizado, segundo disse à Lusa uma fonte do gabinete da actual ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima. A auditoria detectou outras irregularidades na gestão da SGMC nesse ano, nomeadamente a existência de nove contas bancárias cuja justificação não considerou bem esclarecida.No contraditório da auditoria, Maria Heitor esclarece que as contas existiam para pagar pequenas despesas, nomeadamente deslocações e Via Verde nas auto-estradas. A mesma fonte do Ministério da Cultura afirmou que todas as situações detectadas na auditoria "já foram regularizadas durante 2004 e 2005", nomeadamente o encerramento das contas bancárias.


O meu comentário acaba por ser óbvio: como é possível? A Comissão para a Comemoração dos Descobrimentos foi criada fundamentalmente para recordar e enaltecer esse grande feito de Portugal, que foi o da conquista marítima...e também terrestre! O fenómeno "Descobrimentos", acaba por ser fenómeno de controvérsia...e também não é tema de discussão aqui!
O que importa é que, ao bom estílo português, surgem "anormalidades", nomeadamente, nas contas da referida comissão, assim como um misterioso desaparecimento do espólio no valor de 100 mil euros. Em boa verdade se deve referir que até prova em contrário, todos os envolvidos neste processo são inocentes. Eu creio, no entanto, que não foi com actos inocentes que tal acontecimento se deu, e a julgar pela história do nosso país temo que estamos perante mais um caso de desvio de "fundos/valores". Esta será uma tarefa para um detective do calibre de Hercule Poirot ou eventualmente Sherlock Holmes...e talvez nunca venhamos a saber o que de facto aconteceu! A razão?
Num país onde reality shows são líderes incontestáveis de audiências, onde o futebol é tema primordial de conversas ou onde a comunicação social assume como permissas "venda/share/audiência"... acaba por ser compreensível estes assuntos não assumirem um papel de maior importância! Para a praça pública deviam ser lançadas mais discussões, com a clara intenção de promover um sentido crítico no Português. O sentido crítico necessário para que a análise acerca do estado da nação não se resuma a assuntos supérfulos...Para isso a comunicação social terá que se renovar e repensar a sua forma de estar. Que bom seria que neste país pudessemos ter uma comunicação social...na verdadeira acepção da palavra!

Posted by Picasa

Wednesday, November 02, 2005

How to Save A Life


«We make a living by what we get, Churchill said, but we make a life by what we give. And to save a life? If you're Bill Gates, the richest man in the world, you give fantastic sums of money, more than $1 billion this year alone. But he also gives the brainpower that helped him make that money in the first place, hunting down the best ideas for where to fight, how to focus, what to fund. If you're a rock star like Bono, you give money. But you also give the hot white lights that follow you everywhere, so that they shine on problems that grow in shadows. If you're Bill Clinton and George H.W. Bush, you raise money--but you also give the symbols of power and the power of symbols: two men, old enemies, who got over it because the needs are so pressing that they now work together. It's a model for unlikely partnerships of the kind that progress demands, partnerships among doctors and pastors and moguls and lawyers and activists and tribal chiefs and health ministers and all the frontline angels of mercy everywhere.
We Americans like to see ourselves as a generous people, but the rest of the world sees us differently. Among advanced countries, the U.S. ranks last in foreign aid development giving as a percentage of national income. The distinctive generosity of Americans is more private than public, countless gifts of time and money--but 98% of that money stays here at home, in part because donors could never be sure whether their money would actually land where it was needed and be used well once it got there.But something may be changing, because 2005 has been a special test. First the tsunami hit just before New Year's-- 240,000 lives lost, $1.3 billion raised in the U.S. alone, a record for an overseas disaster. Then more tragedies piled up: flooding and mudslides killed hundreds in Guatemala, and an earthquake killed 80,000 in Pakistan. But most of all, we were reminded what disaster feels like here at home, and we raised $1.7 billion to help hurricane victims.
This is the year Americans got a real-time crash course in all kinds of relief efforts, what governments can do, what charities can do, what heroes can do when they have the resources they need. In a year when we grieved for the people we could not save, maybe we search harder for those we can. You can't stop an earthquake; but you can stop malaria, say the experts, if you just spend the money to do it. And malaria is like an earthquake that kills more than 80,000 every month.
People give for all kinds of reasons. We give out of duty, pity, love or fear. The shrinking world crowds us closer to pain--and risk; SARS began in Asia but caught a flight to Canada and killed people there. If avian flu, now hitchhiking through Europe, migrates to Africa--where there is neither the money nor the medical infrastructure to track it, much less trap it--the already scary scenarios suddenly get even scarier. The "we're safe, it's far away" illusion has died; the sense of being stalked by a disease is now felt in rich countries as well as poor, and we find we have something in common with people who live with such fear every day.To fight an enemy like this, we need an army nimble as a virus, huge as hunger, brave as Marines. In this special report dedicated to global health, you will meet some of these defenders, models of not just charity but also ingenuity, nerve, patience and faith. There is the doctor building clinics in Rwanda, the motorcycle riders carrying medicines across roadless stretches of Uganda, the survivor of the refugee camps fighting TB in Cambodia, the rape victim who speaks out about AIDS to young people in conservative Muslim villages in Nigeria. There are the grandmothers in Nepal with their little bags of vitamin A, fighting infant mortality; the nutritionist in Honduras teaching mothers hygiene and food handling; the backpack medics who slip from Thailand into Myanmar to deliver care village by village, risking arrest if they are found.
Maybe after all we've seen and heard and feared this year, maybe after all we've learned, something will be different this holiday season. Maybe instead of buying Aunt Margaret a sweater, we'll buy a goat in her name from Heifer International to give a hungry family milk every day. Five dollars buys a mosquito net to guard a sleeping child. We'll find a mission. Raise the money. Raise an army. Save a life.»

from Time Magazine
 Posted by Picasa

Tuesday, November 01, 2005

E se fosse hoje?

Foi há 250 anos...mas, e se fosse hoje? Estariamos preparados? Afinal, parece que Lisboa é a única cidade portuguesa com um plano de emergência para catástrofes destas. Porque não aproveitar esta fase de reestruturação nacional para ter este facto também em linha de conta?! Para reflectir...

O Terramoto de 1755, como ficou conhecido, aconteceu no dia 1 de Novembro de 1755 às 9h20m da manhã, resultando na quase destruição da cidade de Lisboa e de grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami que se crê terá atingido a altura de 20 metros e múltiplos incêndios, tendo feito mais de 100 mil vítimas mortais. Foi um dos mais mortíferos terramotos da história. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu 9 graus na escala Richter.
O terramoto teve um enorme impacto na sociedade do Século XVIII, em especial na estrutura política em Portugal, dando ocasião ao primeiro estudo científico do efeito de um terramoto numa área alargada, marcando o nascimento da moderna sismologia. O acontecimento foi muito discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando importantes desenvolvimentos a nível da teodiceia e da filosofia do sublime. O sismo fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro, no feriado católico do dia de Todos-os-Santos. O epicentro não é conhecido com exactidão, havendo diversos sismólogos que propõem locais distanciados de centenas de quilómetros. No entanto, todos convergem para um epicentro no mar, entre 150 a 500 quilómetros a sudoeste de Lisboa. Devido a um forte sismo ocorrido em 1969 no Banco de Gorringe, este tem sido apontado como tendo forte probabilidade de aí se situar o epicentro.

Kozak Collection: Lisbon, Portugal earthquake, Nov. 1, 1755

based on Wikipedia

Posted by Picasa