Quando partimos...

E assim fui sobrevivendo sem saber bem como... Queria agarrar o sentimento de solidão e subjugá-lo a uma dor que eu próprio sentira. Não me bastava esmagar aquele sentimento de perda, queria aniquilá-lo, fazê-lo sofrer e sentir o quente da sua fusão. Mas a bonança surgiu com uma suavidade imaculada, sem que me apercebesse do que me acontecia. Foi como subir para um tapete de zéfiro e viajar sem destino conhecido, sentindo a brisa em cada poro de pele, num arrepiar de sensações que me invadiam...Foi aí que vi, vi a luz, a tua luz! E foi tão bom reencontrar-te, percorrer de novo um MUNDO a teu lado. É quando recordo a dor sentida quando partiste para essa outra realidade que percebo tudo, agora sim percebo meu amor, que não há que ter medo! Tudo o que se passou dentro de mim mais não foi do que medo...medo de te perder para sempre, medo de não voltar a estar contigo, de não voltar a sentar-me a teu lado a degustar um belo manjar digno de quem se ama como nos amávamos, ou simplesmente medo de perder o cruzar da minha vista com a tua. Nunca deixei de te amar...mesmo quando partiste... Mas agora que fui ao teu encontro, e te encontrei posso dizer de novo: Bom dia Amor! Tudo o que é terreno ficou para trás, bem para trás, porque aqui nada mais importa para além do que a nossa aura nos dá...de mim para ti, e de ti para mim...Amor!