Um dos primeiros posts que decidi colocar nesta nova "época", prende-se com o mediático caso Baía versus Ricardo. Bem sei que todo este celeuma em torno de dois grandes guarda-redes do futebol nacional não é recente, e que nem tão pouco irá ficar por aqui! De facto é interessante, para um leigo nesta matéria que é o futebol, observar a autêntica manipulação, com grandes culpas para a comunicação social, que por vezes se faz em torno de questões quotidianas. Neste caso, temos dois homens, que por acaso partilham a mesma profissão, mas que não morrem de amores um pelo outro...
É importante referir que nunca gostei muito do Vítor Baía, primeiro porque sempre esteve ligado a um clube, o Futebol Clube do Porto, pelo qual só comecei a ter alguma admiração pós José Mourinho, e depois porque sempre achei que se este ganhou muitos títulos, isso deveu-se sim aos excelentes plantéis que o F.C.P. teve ao longo dos anos, e também o F.C. Barcelona, e não tanto às suas qualidades técnicas... É que numa das suas verdadeiras provas de fogo Baía falhou! Falhou no Barcelona, estando ligado, por exemplo, a uma das mais pesadas derrotas que aquele clube havia sofrido.
No que diz respeito à questão que realmente interessa, a questão em torno do seu relacionamento com Ricardo, acho caricato que não se fale realmente de como tudo começou! É que tudo começou na fase de apuramento para o Mundial 2002, onde a titularidade de Ricardo era indíscutível e de súbito foi saqueada, surpreendentemente (a própria imprensa o escreveu! Quer nacional, quer internacional!), para ser atribuída a um jogador que vinha de lesões, um jogador "injectado" pelo mister Oliveira, Vítor Baía, passando este último a ser o escolhido para defender a baliza de Portugal durante o Mundial 2002. Na altura Ricardo mostrou o seu inconformismo, tal como eu o faria, tal como qualquer cidadão Português faria. O que pouca gente fala é que Baía respondeu a Ricardo, e não Oliveira (o destinatário das críticas de Ricardo), dizendo arrogantemente que quem quisesse o lugar de títular deveria trabalhar...mais! Interessante o comentário deste senhor que havia feito zero para estar naquela selecção e que não puxou dos seus galões para defender algumas das bolas que beijaram as nossas redes naquele Mundial. Mas, isso não importa referir, pelos vistos, pois Baía parece ser especial para os colonistas e jornalistas portugueses. Tal como não importa referir a nega que Baía deu, há muitos anos, para representar a nossa Selecção no Mundial de Juniores, que acabaríamos por ganhar. Menos um troféu na galeria do melhor guarda-redes de todos os tempos...
Há bem pouco tempo esta história teve contornos mais interessantes, nomeadamente com Baía a dizer ao jornal desportivo Record que Ricardo «É um menino queixinhas», e que Ricardo não parece ter superado o peso do seu nome: «Mais do que um peso, acho que ele dorme e acorda a pensar em mim.» . Tudo isto pois anteriormente Ricardo havia afirmado que desconhecia Vítor Baía quando questionado por um jornalista. Ora a resposta de Ricardo tem uma razão de ser! E remonta a um célebre jogo F.C. Porto - Sporting, para a Taça de Portugal, que foi ganho nas grandes penalidades pelo F.C. Porto, mesmo depois de Ricardo converter uma das grandes penalidades ao seu colega de profissão, Baía. Senão...vejamos o clip que se segue:
É que comentando os factos em torno deste jogo Baía diz que respeitou Ricardo, não o confrontou! Baía disse em entrevista o seguinte: «Como guarda-redes, respeitei-o, não houve confrontação. Tudo foi empolado. Fez-me lembrar um menino queixinhas a quem o papão tirou o chupa-chupa! Exerci pressão sobre todos os jogadores que marcaram grande penalidade, mas aquilo que se passa dentro do campo morre lá. Nunca vem cá para fora de forma deturpada.».
Ora face a isto, gostava de saber como reagiriam!? Baía, que quer deixar passar uma imagem de "injustiçado", deve acima de tudo saber comportar-se, dentro e fora do campo, tal como Ricardo fez recentemente no final do primeiro jogo para o campeonato nacional de futebol, não falando de Baía! Já Baía...acho que as imagens falam por si, e do seu carácter.
