Monday, October 31, 2005

Halloween

Hoje é celebrado do Dia das Bruxas...uma efeméride que terá o devido destaque aqui no Nude Thoughts! Para além da devida referência a esta comemoração, refiro ainda dois acontecimentos que caracterizam o dia de hoje: há 103 anos nascia em Minas Gerais, Brasil, Carlos Drummond de Andrade e há 79 anos morria Harry Houdini, o famoso ilusionista, na sequência de um dos seus números. De seguida, o prometido...
O Dia das Bruxas (Halloween, nos países anglo-saxónicos) nasceu de uma lenda dos druidas, sacerdotes dos celtas, povo que habitava a Inglaterra por volta do ano 200 a.C. Na noite de 31 de Outubro, segundo eles, todas as bruxas, demónios e espíritos dos mortos reúnem-se para uma grande festa. O medo que a comemoração causava foi sendo esquecido, transformando-se num grande feriado para os mais jovens. Nos Estados Unidos, ela é chamada de Halloween. Vestindo fantasias, as crianças batem de porta em porta dizendo piadas e pedindo guloseimas.
"Halloween" deriva de Hallowe'en, uma contração arcaica, mantida ainda na Escócia, de "All Hallow's Eve," O Dia de Todos os Santos católico, que costumava ser chamado "All Hallows," derivado de All Hallowed Souls (Todas as Almas Santificadas).
O feriado era um dia de festividades religiosas em várias tradições pagãs europeias do norte, até ser apropriado por missionários cristãos (juntamente com o Natal e a Páscoa, outros dois feriados pagãs tradicionais do norte europeu) quando recebeu uma reinterpretação à luz da nova fé.
A primeira comemoração do halloween começou na Irlanda. As cores que simbolizam o halloween são o laranja, o preto e roxo. No halloween celebram-se personagens como fantasmas, bruxas, zumbis, vampiros (incluindo Drácula), Jack o lanterna, abóboras, morcegos, caveiras, esqueletos, monstros, demónios, aranhas e outros elementos relacionados com o medo e a magia, como os lugares o seu imaginário remete, como cemitérios, mansões assombradas, lugares escuros, etc.
based on Wikipedia

Sunday, October 30, 2005

Cérebros em fuga...


Na passada 6ª feira, dia 28 de Outubro de 2005 foi noticiado algo verdadeiramente espantoso: um quinto dos portugueses com um curso superior não trabalha em Portugal. Este número, tornado público através de um relatório do Banco Mundial (BM) onde é analisado o fenómeno da "fuga de cérebros", dá conta de que Portugal é o país europeu de média/grande dimensão mais afectado pela saída de licenciados e quadros técnicos. Na lista dos Estados com mais de cinco milhões de habitantes, Portugal é 21.º, com a maior percentagem de licenciados a residir fora das fronteiras. Apesar de tal acontecimento se verificar a uma escala mundial não deixa de ser interessante o ranking do nosso país. Podem ser tidas em linha de conta algumas atenuantes neste estudo, sem especial relevo em minha opinião, o que é um facto é que o fenómeno de saída de jovens licenciados de Portugal em busca de melhores paragens é algo que ganha peso e cada vez mais é encarado como “a opção” a ser tomada. Este estudo acaba por não ser uma grande surpresa! De facto, se "em matéria de investigação, as condições das instituições estrangeiras são melhores”, como reconhecem antigos membros dos governos sociais-democratas, porque não emigrar?!
È uma verdade que a situação económica do país acaba por ser um dos factores que afasta jovens ambiciosos, que procuram o seu primeiro emprego. Aliás, é de relembrar que somos um país tipicamente emigrante, embora esta tipologia de emigração tenha mudado: nos anos 50 e 60 era maioritariamente de mão-de-obra muito pouco qualificada mudando para um fluxo de pessoas com formação superior.
Todos estes argumentos podem ser discutidos e rebatidos pela nossa classe política, acabando por se chegar a um pseudo-consenso de que é o país que beneficiará com esta emigração a longo prazo, através do regresso destes licenciados, mas também com a imigração que ocorre actualmente.

Eu pergunto, será? Porque não seguir o exemplo de alguns países Europeus, como a Irlanda, em termos de aposta nos nosso "novos valores intelectuais"? Será que o desenvolvimento do nosso país não estará em risco?

Este fluxo de emigração resulta sim duma manifesta debilidade estrutural de Portugal. Portugal vê sair os seus recursos humanos mais bem preparados e qualificados para melhorar os índices de desenvolvimento económico e social, aumentando assim a dicotomia já existente entre o nosso país e outros países da União Europeia, Japão e América do Norte.
A fuga dos nossos cérebros resulta também da complacência de alguns dos nossos políticos e investidores/gestores, que em troca de alguns votos/favores prometem fundos e mundos para melhorar aquilo que é a sua paixão, acabando por boicotar o desenvolvimento de áreas fundamentais como a ciência e a educação, por intermédio de cortes de financiamento e outras medidas que tal.
Um facto é que, apostando nestes “cérebros”, como fazem países como os Estados Unidos da América, Reino Unido, Irlanda do Norte, Suécia, Canadá e apostando também nos “cérebros” que chegam ao nosso país (lembro-me do recente caso de imigrantes do leste) poderíamos assumir um papel de maior protagonismo, não só no âmbito da União Europeia (UE) mas também no panorama mundial, com um incremento valioso na nossa competitividade. José Sócrates quererá contrariar todos estes factos com a prometida aposta no plano tecnológico. Assim aconteça…e não tome como exemplo alguns dos seus antecessores!
Senhores políticos parem com demagogias e não tirem ao país as suas mais-valias!
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Saturday, October 29, 2005

Michelangelo...




(1475-1564)


Michelangelo Buonarroti, é um artista intemporal. Decidir trazer para este espaço este artista! Tenciono fazê-lo mensalmente…com diferentes artistas, de diferentes áreas. Aqui fica um pouco da sua vida, seguida da sua arte…

Escultor, pintor, arquitecto, desenhista e poeta florentino, uma das maiores figuras do Renascentismo e, nos últimos anos de sua vida, uma das forças que moldaram o Maneirismo. Descendente duma pequena família pertencente à pequena nobreza, Michelangelo teve um pai que reinvidicava pertencer à aristocracia florentina, e por toda a vida foi sensível a esse assunto. O orgulho da posição social também teve muito a ver com a oposição da família à sua escolha de carreira, bem como a própria insistência do artista, mais tarde, em incluir a pintura e a escultura entre as artes liberais.
A sua carreira foi, certamente, uma das principais causas da mudança na imagem pública e na posição das artes visuais dentro da sociedade, pois Michelangelo foi o arquétipo do génio inspirado - pouco sociável e totalmente absorto em seu trabalho.
Em 1488, iniciou um período de formação com Domenico Ghirlandaio, de quem deve ter aprendido os rudimentos da técnica de afresco. Pouco tempo depois, entretanto, transferiu-se para a escola montada nos jardins da família Médici e dirigida por Bertoldo di Giovanni. Mais importantes que ambos os mestres, porém, foram os estudos que empreendeu por conta própria, copiando figuras de afrescos de Giotto e Masaccio.
Após a morte de seu patrão Lorenzo de Médici, em 1492, a situação política em Florença deteriorou-se, e em Outubro de 1494 o artista partiu para Bolonha, onde esculpiu três pequenas figuras para o túmulo de S. Domingos. Em 25 de Junho de 1496 estava em Roma, onde permaneceu pelos cinco anos seguintes, esculpindo as duas estátuas que lhe valeram a fama - Baco (Bargello, Florença) e Pietá (São Pedro, Roma).
Com menos de 30 anos, voltou para Florença, corria o ano de 1501 para consolidar a reputação que conquistara em Roma. Permaneceu por lá até à primavera de 1505, sendo a principal obra do período a escultura
David (Accademia, Florença), que se transformou num símbolo de Florença e da arte Florentina.
Em 1505, foi chamado a Roma pelo Papa Júlio II, que lhe encomendou um túmulo. Júlio II morreu em 1513, mas o projeto estendeu-se até 1545. Originalmente concebido em escala grandiosa, no monumento afinal erigido em S. Pietro de Vincoli apenas o célebre Moisés é de autoria do artista. A outra grande obra encomendada por Júlio II ao artista - o afresco da cúpula da Capela Cistina - era igualmente amedrontadora, mas foi executada de modo sublime.
Em 1534 estabeleceu-se em Roma, onde trabalhou para o papado durante os 30 anos de vida que ainda lhe restavam. Imediatamente contratado para pintar o Juízo Final na Capela Cistina, deu início ao trabalho em 1536. Biagio da Cesena, mestre-de-cerimónias do Vaticano, denunciou o uso de figuras nuas por Michelangelo como inapropriado, acabando retratado como Minos, caminhando pelo Inferno, com uma serpente mordendo a sua genitália. O próprio Michelangelo aparece no referido afresco, associado à imagem de São Bartolomeu. Para Paulo III, que encomendou o apocalíptico Juízo Final, o artista também executou as suas últimas obras em pintura, a Conversão de S. Paulo e a Crucificação de S. Pedro (1542-50), afrescos da Capela Paolina, no Vaticano.
Ao longo dos últimos 30 anos da sua vida, o artista dedicou-se sobretudo à arquitetura, e neste campo a sua excelência é comparável à do pintor e escultor. O seu empreendimento mais importante - e, na verdade, o mais importante de todo o mundo cristão - foi o término da Catedral de S. Pedro, iniciada em 1506 sob o papado de Julio II. Na pintura e na escultura, os meios de expressão do grande mestre limitaram-se quase exclusivamente à figura masculina heróica (em geral nua), mas nesse campo ele reina supremo como nenhum outro artista de qualquer época.
A reverência que é, e foi, devotada não diminuiu de intensidade, e sua influência, para o bem e para o mal, foi incalculável...

A Criação de Adão
(Capela Sistina)

"A man paints with his brains and not with his hands."
Michelangelo
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Friday, October 28, 2005

A 9 year old awardee


« If you're struggling to win your first National Institutes of Health grant, here's another reason to be depressed: One of the most unusual NIH awards ever given went to a 9-year-old boy.
It was February 1957. Terence Boylen of Snyder, NY, near Buffalo, and his next-door neighbor, Bruce Cook, who had cerebral palsy and was confined to a wheelchair, were backyard astronomy buffs who dreamed of building a rocket that could fly to the moon. The final hurdles in the nation's polio vaccination program had been overcome. There was great optimism that science, supported by a vibrant research grant system, had the potential to cure diseases and unlock nature's mysteries.
Boylen's father, John, was a physician and medical researcher at the University of Buffalo. Terence asked his father where government research money comes from. John Boylen, busy reading medical school applications, replied simply that it comes from NIH. So, on Feb. 9, 1957, Terence sent NIH his grant application:

Dear Sir,
My friend and I are very interested in space travel and have a great idea for a rocket ship. We were wondering if we could have a little sum of money ($10.00) to fulfill our project. We would [be] most grateful if you would send it to us.
Sincerely,
Terence Boylen

Boylen's letter made its way to Ernest M. Allen, head of NIH's fledgling Division of Research Grants and one of the key architects of the agency's peer-review grants system. "Ernest Allen was a missionary for science," says Richard Mandel, a historian at NIH. "He had a genuine and simple kind of faith that the expansion of science would lead to the conquest of diseases. He had an enormous impulse to expand science." At a March 12, 1957, meeting of the National Health Advisory Council, Allen took time from a packed agenda to read aloud Boylen's request. The council members, struck by Boylen's youthful enthusiasm, passed the hat and collected $10.00.
Flush with funds, Boylen and Cook experimented with various rocket nozzle designs and propellants. Within months, they successfully launched a 4-foot rocket, with Boylen's pet white mouse in the nosecone, high in the air, until it disappeared from sight. The nosecone parachuted to safety and was recovered some 10 miles away, mouse passenger unscathed. "We were flabbergasted," Boylen says. "We simply lucked out."
Back at NIH, inspired by Boylen's rocket grant, if not by his experiment, Allen began thinking about training programs for undergraduates in medicine and health. Allen established a small pilot program for high school biology teachers to teach summer lab classes. Later, NIH established summer internship programs to bring high school, college, and graduate students to the Bethesda campus.
After the rocket experiments, Boylen spent several summers studying in his father's laboratory, at the Mount Desert Island Biological Laboratory (MDIBL) in Salisbury Cove, Maine, where the family vacationed. But in college, he decided to become a professional musician and toured with Linda Ronstadt, Bonnie Raitt, and the Eagles. "I'm not sure how good a scientist I would have been," Boylen says. "It takes a lot of discipline, and my inorganic chemistry was pretty terrible."
But Boylen maintains a fondness for medicine. He established the Boylen Foundation for International Medical Research, which brings students from Europe to the United States, and serves as trustee and chair of the board of MDIBL. "Luckily, since I got back into raising money for research, I'm working with doctors all the time," Boylen says. "The fascinating part of medicine is still there." »

by Ted Agres
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