The Da Vinci Code
Era certo que o filme não reuniria consensos, sabendo-se de antemão as reacções que o livro suscitou. Mas certamente ninguém esperaria ver mais de metade do anfiteatro de Cannes de braços cruzados no fim da projecção, quando palmas era o mínimo esperado.
Realizado por Ron Howard, The Da Vinci Code é um filme que vagueia entre o suspense, a acção e as revelações históricas. Para livro, funciona muito bem, mas transpor para o grande ecrã certas cenas torna-se bem díficil. Num filme em que o ritmo da intriga principal é alucinante, as intrigas secundárias, explicações e flashbacks são deveras dificeis de filmar, os sentimentos que deveriam provocar quase impossíveis de transmitir. Howard arriscou-se, e apesar de ao que tudo indica ter falhado nessa parte, continua um mestre em expandir suspense até ao fim e a criar planos e sequencias acção de grande qualidade.
De Hanks, como já foi dito na antevisão, nunca se espera nada verdadeiramente mau e é também para aí que apontam as perspectivas do Código. Nada de prodigioso, nada de comprometedor.
Após tanto tempo de espera, também eu posso agora ter a minha opinião sobre o tão aguardado filme. E, na minha singela opinião, o filme está, no compto geral, bastante bom! Eu gostei do filme! Penso que os flashbacks foram bem conseguidos e que a história do filme é uma transcrição quase fiel do livro de Dan Brown. Há no entanto algumas criticas a serem feitas a este filme, como por exemplo alguns gracejos por parte do realizador acerca da figura, supostamente divina, de Sophie Neveu - a descendente actual do Sangue Real! Para além do facto de momentos antes do final do filme a "esquecimento" do irmão de Sophie Neveu não me pareceu de todo uma mais valia para o filme!
Quando li o livro imaginei aqueles personagens como pessoas reais e agora que vi o filme só mesmo o detective Collet me deixou um pouco desiludido. Não o imaginava assim...
Mas, serve isto para dizer que é uma optima aposta ir ver este filme. Merece a pena!
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